“ E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” ( Romanos 12:2).

sexta-feira, março 11, 2011

Atenção redobrada

Quem tem filho pequeno sabe o quanto é preocupante as eventuais ocorrências de febre por algum problema de saúde. No entanto, muitas vezes, o aumento da temperatura infantil é causado por viroses que tendem a ceder naturalmente, derrotadas pelo sistema imunológico, sem o uso de medicamentos e sem prejuízos à criança.

Devido à desinformação e na tentaria de resolver o problema, os pais exageram no uso descontrolado dos antitérmicos.
Para desvendar os mitos relativos ao tratamento dos diversos tipos de febre e alertar para o risco da automedicação, a Academia Americana de Pediatria acaba de publicar uma pesquisa, no periódico médico Pedriatrics, com informações esclarecedoras sobre o tema.
De acordo com Henry Farrar, coautor do estudo, os pais tendem a exagerar no tratamento e fazem uso da sobredose de medicação. Em sua avaliação, há muita ansiedade quando a criança está com febre.
O estudo alerta que temperaturas inferiores a 38° C não caracterizam estado febril. Somente a partir dessa marca deve-se considerar mecanismos para controle da temperatura da criança.
Entre as drogas disponíveis no mercado, a preferência recai sobre dois medicamentos: ibuprofeno e acetaminofeno (mais conhecido como paracetamol). No entanto, as evidências apontam que o uso combinado desses e outros medicamentos podem trazer riscos à saúde.
O pediatra dr. José Gabel, membro do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que só é necessário procurar ajuda médica se a febre não ceder no prazo de 48 horas, nos casos de temperaturas muito elevadas ou ainda quando a criança apresenta um problema prévio de saúde.

O papel do farmacêutico

A Organização Mundial da Saúde em seu documento sobre o papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde preconiza como uma das atribuições do farmacêutico o aconselhamento de pacientes no tratamento de problemas de saúde menores, que não requeiram consulta médica ou medicamentos sujeitos à prescrição.
O farmacêutico encontra-se numa posição estratégica na orientação sobre o uso de medicamentos sem prescrição (MIPs), dada sua acessibilidade e formação.
Com o objetivo de disponibilizar aos profissionais atuantes em farmácias e drogarias manuais de consulta de fácil acesso, o CRF-SP, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde, desenvolveu os fascículos Farmácia Estabelecimento de Saúde. A publicação destaca a importância desses estabelecimentos de saúde como referência em orientação e assistência à população e não como um simples comércio.
Divididos em cinco exemplares, os fascículos oferecem informações sobre diversos assuntos da área farmacêutica.  O segundo caderno esclarece sobre a definição e legislação de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), apresentando exemplos práticos da utilização dos mesmos, além de disponibilizar nove manuais para dispensação de MIPs, desenvolvidos a partir das doenças ou sintomas mais comuns no país.

Clique aqui para ter acesso ao fascículo.

Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP (Com informações do portal Veja)

Fonte: CRF - SP

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