Quatro medicamentos levam a maioria dos idosos aos hospitais nos Estados Unidos

Uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine indica que quatro classes de medicamentos são os responsáveis pelo maior número idas às unidades de emergência hospitalar e de internações de idosos nos Estados Unidos. As quatro classes de medicamentos são os diluentes do sangue, os antiplaquetários, os remédios contra diabetes (como injeções de insulina) e hipogliclemiantes orais.

Os medicamentos dessas quatro classes, - utilizados isoladamente ou em conjunto - foram responsáveis por dois terços das internações hospitalares de emergência entre os americanos idosos, de acordo com o relatório. No topo da lista estava a varfarina, responsável por 33% das visitas aos centros de emergência. Injeções de insulina foram os próximos da lista, sendo responsável por 14% dos atendimentos de emergência.

Os medicamentos antiplaquetários estavam envolvidos em 13% dos atendimentos de emergência. E logo atrás deles estavam os hipoglicemiantes orais, que foram implicados em 11% das hospitalizações.

Todos os anos, cerca de 100 mil pessoas nos EUA mais de 65 anos são levadas para hospitais por reações adversas aos medicamentos. Cerca de dois terços acabam no hospital por causa de overdoses acidentais, ou porque a quantidade de medicamento prescrita teve um efeito mais poderoso do que o pretendido.

Como os americanos vivem mais e tomam mais medicamentos - 40% das pessoas acima de 65 anos tomam medicamentos matinais - hospitalizações por overdoses acidentais e efeitos colaterais adversos são susceptíveis de aumentar, segundo especialistas. Coordenado pelo diretor do Programa de Segurança de Medicamentos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dr. Dan Budnitz, o estudo foi baseado em dados coletados de 2007 a 2009 em 58 hospitais nos EUA.

Um dado que chamou a atenção foi o fato de que nenhum dos quatro medicamentos identificados como culpados frequentes das internações costumam ser tipicamente rotulados como de alto risco para idosos.

A pesquisa destacou a necessidade dos pacientes idosos alertarem os seus médicos que estão usando esses medicamentos. O farmacêutico também pode ser um importante aliado para aliar essas interações e interagir com o prescritor em caso de alguma dúvida.

Fonte: CRF-SP (Com informações de O Globo e New England Journal of Medicine)