A vasectomia é cirurgia simples
que interrompe a passagem dos espermatozóides do saco escrotal para o líquido
ejaculado. Após anestesia local, é feita uma pequena incisão no saco para
localizar os canais deferentes, por onde passam o sêmen com os espermatozóides.
Eles são cortados e depois amarrados. Por fim, o médico fecha o pequeno corte.
O procedimento costuma ser rápido e pode ser realizado até em ambulatório, sem
necessidade de centro cirúrgico. Em menos de 30 minutos o homem está liberado e
pode deixar o local andando. Trata-se de um procedimento reversível, mas a taxa
de sucesso da cirurgia de reconexão entre os canais deferentes varia de homem
para homem. Por isso, a opção pela vasectomia precisa ser muito clara para o
paciente.
Para incentivar interessados a
procurar o procedimento, o Ministério tem promovido, junto às secretarias de
Saúde dos Estados, ações positivas, entre elas: maior facilidade de acesso do
homem ao procedimento e a possibilidade de fazer a cirurgia em ambulatório
médico, sem necessidade de internação. Ambas incluídas na Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde do Homem.
As ações têm dado resultado. A
vasectomia vem sendo cada vez mais realizada no País pelo SUS. Em 2009, 7.623
procedimentos foram feitos em nível ambulatorial. Já em 2010, mais de 10 mil
homens se submeteram à cirurgia. Considerando todos os procedimentos realizados
(em ambulatório e hospitalar) foram feitas mais de 34 mil vasectomias em 2009.
Um avanço comparado aos números de 2001, quando pouco mais de sete mil
pacientes fizeram o procedimento.
Os homens não precisam ficar com
medo da cirurgia. O urologista Roni de Carvalo Fernandes, diretor da Sociedade
Brasileira de Urologia - Secção São Paulo, garante que é uma picada quase indolor.
“O paciente pode, se quiser, pedir que seja aplicado um anestésico em creme na
pele para minimizar as dores no local.” Após a cirurgia, recomenda-se a
aplicação de bolsas com gelo no local, repouso no dia da cirurgia e uso de
suspensório escrotal para evitar dores e complicações. É importante manter um
método anticoncepcional durante os 60 dias após o procedimento porque alguns
espermatozóides permanecem vivos no canal que chega ao pênis. E entre 30 e 60
dias depois da cirurgia realizar um espermograma para constatar a ausente dos
espermatozóides.
Importante esclarecer também que
a vasectomia não afeta o desempenho sexual. Os nervos e vasos sanguíneos
envolvidos na ereção não são atingidos na cirurgia. O procedimento apenas
interrompe a passagem dos espermatozóides dos testículos para o pênis. O
líquido seminal produzido pela próstata continua sendo ejaculado, mas sem o
sêmen.
Caso tenha tomado a decisão de
fazer a vasectomia, saiba que o SUS só permite que essa cirurgia seja realizada
em homens com mais de 25 anos e que já tiveram no mínimo dois filhos.
Fonte: Portal brasil.gov.br
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