Um dia você acorda com aquela enxaqueca, vai à gaveta e pega aquele remédio que já foi usado diversas vezes em algumas situações. Passados alguns dias, você volta a tomar um calmante para aliviar as tensões do dia a dia e dormir tranquilo. O problema é que esse ritmo virou costumeiro.
São analgésicos para a dor, ansiolíticos para relaxar, antiinflamatórios e até mesmo comprimidos de anfetamina usados para conter o apetite que tantas vezes você não consegue controlar naturalmente. Você não percebe, mas muitos desses remédios “relaxantes” podem causar prejuízo e até dependência.
As substâncias anfetamínicas, usadas frequentemente por pessoas que querem perder peso, podem levar ao mesmo grau de dependência de uma pessoa viciada em cocaína.
De fato, não é difícil constatar que o uso indevido de medicamentos vem crescendo a uma velocidade impressionante. Nos Estados Unidos, cerca de 1 milhão de pessoas já foram intoxicadas por excesso de medicamentos. Já no Brasil, pelo menos 100 mil já passaram pelo mesmo problema.
“Os maiores causadores de dependência são as anfetaminas e calmantes”, alerta o psiquiatra Deyvis Rocha.
Quando os remédios acabam, os dependentes costumam sentir taquicardia e tremores. É normal sentir algum tipo de dor em determinado momento, mas é preciso ficar atento, pois há pessoas que costumam se sentir doentes com frequência (pessoas conhecidas como hipocondríacas). Portanto, se a solução para todo é uma pílula e você tem o costume de ir à farmácia para saber quais são os novos tipos de calmantes que chegaram, você pode estar desenvolvendo farmocodependência.
“O tratamento da farmocodependência é feito individualmente, pois cada caso é um caso, e uma das principais etapas é a desintoxicação”, informou Rocha.
Além desse procedimento, outros tratamentos podem ser utilizados para ajudar o dependente.
- Psicoterapia: Ajuda o paciente a entender o que o levou à dependência e quais os seus sintomas, além dar orientação sobre como se desfazer do vício.
- Atendimento familiar: É um complemento psicológico. A família ajuda os dependentes na recuperação.
- Terapia comportamental: Possui técnicas terapêuticas de correção de comportamento.
- Terapia psicosocial: Desenvolve o reconhecimento da dependência no paciente, pois a maioria deles ignora estar doente psicologicamente.
Os indivíduos que já possuem algum vício costumam desenvolver outros tipos de dependência, como o alcoolismo, por isso é importante buscar ajuda.
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