O câncer de testículo, apesar de raro, corresponde a 5% dos casos de câncer entre os homens. Atingindo principalmente homens em idade produtiva, entre 15 e 50 anos, esse tipo de tumor é difícil de detectar, pois pode ser confundido com orquiepididimites, que é a inflamação dos testículos e dos epidídimos, geralmente transmitidas sexualmente.
Cercada de muitos tabus e preconceitos, a consulta ao urologista é por vezes adiada, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento da doença. Da mesma forma que as mulheres devem fazer mensalmente o auto-exame das mamas para detectar possíveis nódulos, os homens devem habituar-se ao auto-exame dos testículos. Como muitas vezes o tumor é indolor, é a partir desse exame que é possível detectar a presença dessas alterações.
A presença de nódulos é o principal sintoma da doença, principalmente porque o câncer de testículo é uma doença silenciosa, que não provoca dores. Ao detectar um nódulo duro nos testículos, deve-se procurar imediatamente um urologista para realização de uma biópsia.
Homens que apresentam alguma anomalia testicular devem redobrar os cuidados, pois estão mais propensos ao desenvolvimento da doença. Da mesma forma, homens com histórico familiar deste tipo de tumor, lesões e traumas na bolsa escrotal e aqueles em que a bolsa escrotal não desceu para os testículos, condição conhecida como criptorquidia, têm mais chances ter esse tipo de câncer.
Considerado um dos cânceres com maior índice de cura, o câncer de testículo deve ser detectado precocemente para melhor resultado do tratamento. Mesmo quando o tumor já se alastrou por outros órgãos, a resposta à quimioterapia costuma ser positiva.
Como a maioria dos homens propensos ao desenvolvimento da doença está em fase reprodutiva, o câncer pode atrapalhar a vida pessoal, sexual, reprodutiva, econômica e afetiva. Por isso a importância de se conscientizar os jovens para a importância do auto-exame testicular.
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