Existem algumas técnicas que podem ser
usadas para fortalecer o bico do peito e estimular as glândulas mamárias. Tudo
para evitar probleminhas na hora da amamentação.
A regra número um é lavar o bico do
peito apenas com água. Não utilize sabonete. Eles já têm uma hidratação natural
ideal que deve ser preservada. Não se deve utilizar hidratantes ou óleos no
bico do peito, pois estes afinam a pele favorecendo as fissuras;
O banho de sol é um dos melhores
procedimentos para preparar os seios. Tome de 10 a 15 minutos de sol no seio
todos os dias, antes das 10 da manhã ou depois das 4 da tarde. Dependendo do
seu tipo de pele e da intensidade do sol, você pode aumentar ou diminuir um
pouco esse tempo. O calor do sol deixa a pele mais resistente;
As massagens também são simples de
serem feitas e bastante indicadas pelos médicos. Segure o seio com as duas
mãos, uma de cada lado, e faça uma pressão da base até o bico, como se fosse
uma ordenha. Repita o movimento cinco vezes com delicadeza, mas com energia.
Depois, faça o mesmo com uma mão em cima e uma embaixo do seio. Esse
procedimento ajuda na “descida” do leite e pode ser repetido uma ou duas vezes
por dia.
As mulheres com o bico do seio
invertido devem fazer uma massagem específica para estimular a saída do bico para
fora. Muitas vezes, durante a gestação ele sai naturalmente, caso isso não
ocorra, a gestante deve fazer a seguinte massagem: segure a extremidade do bico
com o polegar e o indicador e rode os dedos, como se estivesse aumentando o
volume do rádio.
Quando o bebê está mamando, seja no
peito ou na mamadeira, geralmente há uma ingestão de ar, isto é, o bebê engole
ar. Isso ocorre principalmente em bebês que mamam em mamadeira, pois a anatomia
entre o peito da mãe e a boca do bebê é perfeita, se encaixando de uma forma
que dificulta a entrada de ar se mamãe e bebê estiverem em posição correta. Já
o encaixe do bico da mamadeira e a boca do bebê não é tão perfeita assim,
facilitando a entrada de ar.
O ar entra até o estômago do bebê que
é mais leve que o leite e por isso tende a voltar. Quando o ar volta é o que
conhecemos por arroto, que pode vir acompanhado de uma pequena quantidade de
leite, a regurgitação.
Por normalmente o arroto vir
acompanhado de uma regurgitação, o bebê que estiver deitado de costas ou de
bruços no berço pode aspirar o leite que voltou e se asfixiar.
Portanto, a questão se deve arrotar ou
não é relativa. Caso o bebê mame sem problema (sem entrada de ar), não existe a
necessidade de esperar um arroto.
Arroto contra cólicas
Outra consequência do bebê que engole ar e não
arrota são as cólicas. Com o estômago cheio de ar e o sistema digestivo ainda
imaturo, aparecem as terríveis cólicas. Os bebês choram muito e nada os
consolam.
O arroto é uma forma de tentar evitar
que as cólicas apareçam. Fazer massagens na barriga e exercícios tipo bicicleta
no bebê de barriga vazia são maneiras de fazer com que o bebê elimine os gases
e também evitar as cólicas.
Depois da mamada, a mamãe deve colocar
seu bebê na posição vertical com a cabeça no seu ombro e a barriga encostada no
peito. O arroto aparece até os dez primeiros minutos, às vezes, pode demorar um
pouco mais.
A mamãe não deve se preocupar caso seu bebê
não arrote. Provavelmente a mamãe não ouviu o arroto, que nem sempre vem com
barulho, ou o bebê não engoliu ar durante a mamada e, portanto, não tem ar para
sair, não havendo o arroto.
Se a mamãe estiver com muita pressa ou
tem um compromisso que a impeça de colocar seu bebê para arrotar, é melhor que
coloque o bebê deitado de barriga para cima. A posição em que o
bebê deve ficar deitado foi, é e continuará sendo alvo de vários estudos.
Atualmente a posição "de barriga para cima" é aconselhada como a mais
segura.
POSIÇÕES IDEAIS PARA
AMAMENTAR
Uma das melhores posições para que o
bebê não engula ar durante a amamentação é aquela em que o bebê fica com a
cabecinha apoiada na volta de dentro do cotovelo da mamãe, barriga encostada
com a barriga da mamãe e de boca bem aberta abocanhando a maior parte da auréola
do seio da mamãe.
Colocar o bebê para arrotar deve ser
um cuidado por pelo menos até o sexto mês de vida do bebê onde o sistema
digestivo já está bem mais maduro.
LEITE EMPEDRADO NÃO IMPEDE AMAMENTAÇÃO
Uma das maiores dificuldades
encontradas pelas mães logo no início da amamentação é quando o leite
“empedra”, deixando as mamas duras e causando dores o que dificulta a
amamentação. Saiba que esse é um problema temporário, mas que deve ser
solucionado para que não ocorra maiores complicações ou até mesmo o desmame
precoce.
O ingurgitamento, conhecido como
empedramento do leite, é um dos motivos que faz com que a mulher desista da
amamentação, já que com ele aparece dor, fissuras no bico, febre local e até
generalizada. Além disso tudo, existe a dificuldade de pega do bebê, que o faz
chorar, deixando a mamãe nervosa. Com tudo isso, a mamãe acaba por introduzir o
leite artificial.
O empedramento acontece por um simples
motivo. A mulher no início da amamentação produz mais leite do que o bebê
precisa. Essa sobra de leite endurece, criando nódulos, prejudicando mamãe e
bebê. “Para conseguir minimizar o problema, o primeiro passo é amamentar em
livre demanda, isto é, amamentar a hora que o bebê estiver com fome”. Outra
dica é a massagem seguida da ordenha manual. Retirar o leite das mamas sem uso
da bombinha. Primeiro a mamãe deve realizar a massagem em movimentos circulares
com as pontas dos dedos indicador e médio sempre do bico para a base procurando
os nódulos e mantendo a outra mão como apoio. Depois colocar os dedos indicador
e polegar em forma de “C” no final da região areolar (e não no bico) e realizar
movimentos rítmicos para a saída do leite.
Massagear e retirar o leite até a mama
ficar mais macia e confortável para uma boa pega do bebê (abocanhar a aréola
toda), em média 15 minutos.
Nessas horas, muitas teorias e
supostas soluções infalíveis aparecem. Não leve a sério tudo que falarem. Por
exemplo, o mito de que realizar compressas de água quente nos seios
ingurgitados ou tomar banho com água quente. Pode ser que a primeira sensação
seja de alívio, mas a água quente estimula a produção do leite. Ou seja,
minutos depois as mamas estarão mais cheias do que antes.
Portanto, prefira compressas de água
fria e banhos de mornos a frios. Consulte sempre um profissional.
MASTITE
A mastite é uma inflamação das
glândulas da mama causada pelo acúmulo de leite e acontece com maior frequência
no pós-parto, principalmente na primeira gestação. A mastite pode ocorrer em
uma mama ou nas duas e as características são mamas vermelhas, endurecidas,
doloridas e quentes.
A forma de evitar a inflamação é não
permitir o acúmulo de leite nos ductos. Esse método é correto apenas para
quando ainda não há a mastite no seio, realizando um exercício profilático, ou
seja, de prevenção. “Quando existe
inflamação ou infecção, a mulher não deve utilizar temperatura alta sobre as
mamas, pois aumenta o processo inflamatório”.
O tratamento da mastite é feito
normalmente com antiinflamatórios, antibióticos e compressas de gelo. Qualquer
método deve ser indicado exclusivamente pelo médico que acompanha a mamãe e o
bebê.
Fga Cíntia Sampaio - CRFa 7065
Fonoaudióloga
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