Um estudo feito pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a maioria das gestantes não realiza controle efetivo da pressão arterial. A constatação se deu inclusive entre as futuras mães que declararam passar pelo número de consultas recomendado durante o pré-natal.
Entre os fatores de maior risco da hipertensão não tratada durante a gravidez é a eclâmpsia, uma das principais causas de morte materna no Brasil e que se caracteriza justamente por fortes convulsões provocadas por um quadro de pressão arterial elevada.
A taxa de mortes maternas no país caiu nos últimos anos, passando de 120 mortes por 100 mil nascimentos em 1990 para 58 mortes por 100 mil em 2008, mas ainda está longe de atingir a meta do milênio da Organização das Nações Unidas, que é de 35 mortes por 100 mil até 2015.
O trabalho da Fiocruz, que foi publicado no periódico “Cadernos de Saúde Pública” avaliou 1.974 grávidas (das quais 9,6% tinham pressão alta) atendidas no SUS do Rio de Janeiro.
O estudo também apontou falhas que vão desde a não realização de exames básicos até a falta de medicamentos e de orientação sobre os riscos da hipertensão. Outro problema identificado é a falta de diálogo entre os profissionais de saúde que fazem o pré-natal e as pacientes.
Fonte: CRF-SP. Renata Gonçalez, com informações da Folha de S. Paulo
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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